Menopausa: o que é, sintomas e como lidar com essa fase com saúde
Menopausa não é o fim da saúde feminina. Entenda o que acontece nessa fase, os sintomas mais comuns e como o tratamento pode melhorar sua qualidade de vida.
MENOPAUSA
Dr. Gabriel de Assis
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A menopausa é um marco natural da vida da mulher, representando o fim dos ciclos menstruais e da fase reprodutiva. Apesar de ser um processo fisiológico, pode trazer sintomas intensos e impactar a saúde física e emocional. Com informação e acompanhamento médico, é possível viver essa fase com mais tranquilidade e qualidade de vida.
O que é menopausa?
Menopausa é o nome dado à última menstruação da mulher, que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos. O diagnóstico é feito retrospectivamente, após 12 meses consecutivos sem menstruar. Antes disso, ocorre o climatério — uma fase de transição marcada por flutuações hormonais e sintomas variados.
Quais são os sintomas mais comuns?
Cada mulher vivencia a menopausa de forma diferente. Alguns sintomas são leves; outros podem ser bastante intensos:
Ondas de calor (fogachos)
Suores noturnos
Insônia
Irritabilidade ou alterações de humor
Diminuição da libido
Secura vaginal
Dificuldade de concentração
Ganho de peso, principalmente abdominal
Redução da massa muscular e aumento de gordura corporal
Por que esses sintomas acontecem?
O principal motivo é a queda dos níveis de estrogênio, hormônio que exerce diversas funções no corpo feminino. Com a redução progressiva da produção ovariana, surgem alterações no sistema termorregulador, no sono, no humor e no metabolismo.
O que pode mudar no corpo da mulher?
Risco de osteoporose: a redução hormonal leva à perda de massa óssea e maior risco de fraturas.
Alterações cardiovasculares: o estrogênio tem efeito protetor no coração. Seu declínio pode aumentar o risco de doenças cardíacas.
Mudanças na composição corporal: aumento da resistência à insulina, menos massa muscular e acúmulo de gordura visceral
Declínio da função cognitiva e sexual
Como é feito o tratamento?
O tratamento da menopausa é individualizado. Algumas mulheres se beneficiam muito da reposição hormonal, enquanto outras podem ter melhores resultados com abordagens não hormonais.
Terapia hormonal da menopausa (THM): pode ser feita com estrogênio e, quando necessário, progesterona. O objetivo é mimetizar a produção ovariana e aliviar os sintomas da menopausa. A via de administração (oral, transdérmica ou vaginal) e suas dose são individualizadas.
Medicamentos não-hormonais: de acordo com os sintomas, podemos individualizar o tratamento e incluir medicamentos não-hormonais que atuem controlando queixas como calores e insônia.
Lubrificantes e hidratantes vaginais: para melhorar o conforto íntimo.
Estilo de vida: alimentação balanceada, sono de qualidade, atividade física regular e saúde mental em dia.
Nem toda mulher precisa de hormônio, mas toda mulher precisa de cuidado.
O papel do endocrinologista na menopausa
O endocrinologista pode contribuir de forma decisiva para avaliar os impactos hormonais e metabólicos da menopausa. O acompanhamento permite:
Avaliação da composição corporal e risco do cardiometabólico
Indicar exames adequados
Definir se a reposição hormonal tem benefícios e se é segura
Monitorar evolução ao longo dos anos
Conclusão
A menopausa não é o fim da saúde feminina — é uma nova fase, com seus desafios e possibilidades. Com acompanhamento médico e escolhas conscientes, é possível atravessar essa transição com mais bem-estar, equilíbrio e vitalidade.
Está vivendo o climatério ou menopausa?
Você não precisa passar por isso sozinha. Com avaliação individual e orientação adequada, é possível viver essa fase com mais equilíbrio, autoestima e saúde. Agende sua consulta!